Mercado financeiro reduz expectativa de inflação para 2019
Analistas do mercado financeiro reduziram a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial, de 3,87% para 3,85% neste ano.
A informação consta no boletim de mercado, conhecido como relatório "Focus", divulgado pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira (25). O boletim é resultado de levantamento feito na última semana com mais de 100 instituições financeiras.
Com isso, a expectativa do mercado segue abaixo da meta de inflação fixada para este ano, de 4,25%. A meta tem um intervalo de tolerância que vai de 2,75?,75%.
A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic).
Para 2020, o mercado financeiro manteve em 4% sua estimativa de inflação – em linha com a meta central, que também é de 4% para o próximo ano. No ano que vem, a meta terá sido oficialmente cumprida se a inflação oscilar entre 2,5?,5%.
Produto Interno Bruto
Os analistas do mercado financeiro mantiveram, na última semana, sua previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano estável em 2,48%.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.
Para o ano que vem, entretanto, a expectativa do mercado financeiro para expansão da economia subiu de 2,58% para 2,65%.
Os economistas dos bancos não alteraram a previsão de expansão da economia para 2021 e para 2022 – que seguiu em 2,50% para os dois anos.
Outras estimativas
- Taxa de juros - O mercado manteve em 6,5% ao ano a previsão para a taxa de juros, a Selic, no fim de 2019. Atualmente, o juro básico da economia está neste patamar, que também é a mínima histórica. Com isso, o mercado segue prevendo juros estáveis neste ano. Para o fim de 2020, a previsão continuou em 8% ao ano. Deste modo, os analistas continuam prevendo alta dos juros no ano que vem.
- Dólar - A projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2019 permaneceu estável em R$ 3,70 por dólar. Para o fechamento de 2020, ficou inalterada em R$ 3,75 por dólar.
- Balança comercial - Para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção em 2019 subiu de US$ 50,50 bilhões para US$ 51 bilhões de resultado positivo. Para o ano que vem, a estimativa dos especialistas do mercado para o superávit recuou de US$ 48 bilhões para US$ 46 bilhões.
- Investimento estrangeiro - A previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil, em 2019, subiu de US$ 79,5 bilhões para US$ 80 bilhões. Para 2020, a estimativa dos analistas avançou de US$ 82,52 bilhões para US$ 83,76 bilhões.
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